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25 de dez. de 2012

Natal, família, plaquinhas

Adoro a família Minhoto (materna), povo sempre alegre, divertido e hospitaleiro! 
Bom demais estar em família sempre que possível!


 




Mimos que fiz para minhas tias e primas.




A azul e a rosa são com espelho.



21 de dez. de 2012

Um conto feminina de natal

O frio lhe congelava o corpo naquela noite de Natal.

A tarde de verão fora quente, a noite trouxe tempestades com rajadas de ventos, granizos que pareciam perfurar o corpo desprotegido, a noite era solitária, lojas fechadas, cada um em seus lares nos preparativos para a grande noite feliz! Uma ou outra alma vagava rapidamente para alcançar seu destino, tentando se proteger do dilúvio tropical nos beirais da lojas.
Finalmente  seu ônibus chegou, assim que subiu sentiu o ar menos frio do ambiente lhe abraçar o corpo trêmulo e molhado pela tempestade furiosa. Sentou-se encolhida no cantinho tentando se aquecer ou esquecer o frio que consumia o corpo. Pensou em natais passados...


Lembrara de um tempo distante quando as noites de Natal  guardavam mistérios de meia-noite  que nunca conseguira alcançar.  Bebidas geladas, refrescantes, bolhinhas mágicas que dançavam nas taças dos adultos alegres na espera da meia noite, presentes sonhados ao pé da  árvore enfeitada, ceia com delícias desconhecidas e desejadas, risos, gargalhadas, abraços, melodias....jingle bells, papais-noéis, era noite de natal!
E tudo existira apenas no imaginário dela, sempre dormira cedo, real mesmo eram os almoços de Dia de Natal, árvore enfeitadas com algodão, comida farta e deliciosa sobre a mesa ajeitada no quintal, roupas novas, muitas crianças para brincar, um dia de alegria como qualquer outro dia de festa aos olhos de uma criança simples e feliz.
 

Ela cresceu, ficou acordada, experimentou as bebidas dos adultos, brindou, celebrou acanhadamente aquela festa tão sem sentido aos seus olhos jovens; viveu amores, ilusões, era dona de si, tinha a liberdade de ir ou não às festas que quisesse. Era dona de seus abraços, presentes e laços.

E mais rápido ainda o tempo passou, como num piscar das luzes de natal que agora observava lá fora, sentada no ônibus quase vazio que recebia um ou outro atrasado para a festa, seus abrações, presentes e brindes; um bêbedo entrou, discursou para si, cansou e dormiu; uma mãe entrou carregando pacotes desfeitos e molhados na sacola plástica e um bebê mal protegido no peito a chorar; entrou um casal bem novinho tão agarradinhos (como só os jovens amantes sabem ficar) que parecia que a chuva não os haviam molhados de tanto era o calor dos dois (Natal pra quê?!).

Cansou de observar a melancolia da cena que fazia parte, colocou os fones de ouvido, ligou o rádio e foi escolhendo a trilha para pinturas mortas e reais de véspera de natal que se passava além da janela do ônibus em rápido movimento, espirrando água em poucos e  ingênuos arrumadinhos correndo atrasados para seu destino. Nos poucos bares e padarias abertos, muitos bêbados, homens  entornando cervejas, rindo, aparentemente se divertindo  enquanto as esposas em suas cozinhas provavelmente suavam às bicas com os fornos cheios de assados maravilhosos para esperar o beberrão. Nenhuma música combinava com essa cena urbana de véspera de Natal, melhor fechar os olhos ao som de uma seleção de músicas românticas, procurou Amy Winehouse,Love is a Losing Game, sonhou acordada com os abraços do amado e só por alguns instantes sentiu o calor lhe aquecer as roupas ainda ligeiramente úmidas, o corpo, a alma fria.



Finalmente chegou ao seu destino, desceu, caminhou pela rua deserta iluminada pelos pisca-piscas alegres e coloridos. Silenciosa entrou na casa mais solitária ainda, despiu-se rapidamente, ligou o chuveiro, entrou...Como era bom sentir a água quente lavando e aquecendo o corpo velho cansado e gelado. Agora já não parecia estar tão frio, colocou um pijama velho e confortável, preparou um drink, sentou-se no sofá, deu ligeira passada pelos canais da televisão...tédio. Faltavam poucos minutos para meia-noite, saiu na janela, lá fora os fogos de artifício iluminavam o céu. Voltou-se, abriu o notebook, parecia que o mundo estava off line, abriu o Messenger...ninguém...Pensou se deveria...tomou mais uns goles do drink , decidiu-se.

Olhou seu único favorito, um jeitinho de menino que sempre a encantara...tão carinhoso, lindo naquele fundo azul de uma foto tão pequena de avatar...Abriu a janela de conversação, digitou com os olhos do tempo na janela do coração: 

Feliz Natal, beijos!

Enter.


Esperou alguns minutos intermináveis olhando olhando a mensagem enviada....silêncio...vazio.


Turned off.

Voltou para a cozinha, preparou mais um drink,  brindou só...

Feliz Natal!





14 de dez. de 2012

Ele




Quem é ele?

Tirano?
Estranho que me julga
Cruelmente me desenha.
Tão justo que assusta!
Com receio ela se vê
Um olhar temeroso
Talvez encabulado
Aos poucos se percebe...
Na testa ligeira preocupação
Nas sobrancelhas interrogação.
Nos olhos brilho, infinito.
No nariz, jardins!
Na boca orvalho de desejos.
Seus cabelos, banho de cachoeira.
No rosto as marcas dos cravos
Rosas, margaridas amarelas.
Quem é ela?
Mal sabe ele
Espelho.

30 de nov. de 2012

Falando de amor e amores


Você sabe definir o amor?

Pensei  muito no assunto essa semana, comentei no facebook do meu primeiro amor, aqueles de infância, também me perguntaram se eu sabia o que era o amor. 



Respondi assim meio de supetão, mas fiquei com a pergunta  a brincar  na minha mente.
A vida passa tão rapidamente, lembro-me ainda menina apaixonada pelo amigo do meu irmão, ficava chorando na calçada ao som de Rock and Roll Lullaby que vinha lá do parquinho de diversões, tempos da novela Selva de Pedra (1972) da estória de amor entre Cristiano e Simone. 



Impossível não chorar por amor com uma música dessas quando ainda não se tem 10 anos de idade rsrs

Como era apaixonada por aquele menino que nem me dava "bola" e eu o tinha no coração de uma forma tão profunda, ele disparava toda vez que o via, acompanhava todos seus movimentos, pois além de amigo de meu irmão, eu era amiga do irmão mais novo dele, sonhava acordada. Quando a famíla se mudou foi uma tristeza imensa, perdi o amigo e o  primeiro amor, platônico, diga-se de passagem.

Naquela época já era um tanto abestalhada, gostei de alguns meninos e eles nunca souberam...Pode loucura de amor maior que essa? Claro que não, só aprendi a demonstrar interesse lá pelos 25 anos porque com minha cara de brava percebi que ninguém na face da terra "chegaria junto". É sério, homens morrem de medo de mulher séria (nos dois sentidos), então aprendi a falar, deixar a timidez de lado e também a levar  um "fora", atual toco, mas é melhor isso do que ficar  pondo "minhocas na cabeça", geralmente imaginárias, pura perda de tempo. E vou dizer, vejo muito marmanjo(a) da minha faixa que ainda tá nessa de esperar que o outro se declare, gente como pode, eu quero algo e quero que o outro adivinhe isso e se declare? Sinceramente isso é aceitável somente até a faixa dos 20 ou então...*

Não pensem que sou mais esperta hoje, só melhorei um cadinho, mas ainda tenho uma coisa meio tola de fixação por um determinado homem, como diz o Luis Gasparetto: Tem mulher que não AMA, CISMA com um homem! Essa sou eu! Quando um homem me encanta é problema, não vejo mais ninguém e pior é quando este não te repele (tipo não dá logo um tapa no  pernilongo e acaba de vez com a sinfonia romantica) e a gente fica com aquela sensação de que vai rolar ou rolar novamente, como foi o último "amor" que nem sei se foi amor mesmo, mas com certeza foi um afeto puro, livre de hipocrisia, sem cobranças, uma pitada de filme erótico, romance e comédia, talvez um ligeiro affair de final de outono...
E vocês devem estar pensando: se antes era meio abestalhada, hoje é abestalhada inteira! Tá, vocês têm razão, é uma vergonha uma mulher de meio século pagar estes micos, mas tentem entender, um homem carinhoso, cheiroso, gentil, peitos e braços que te encaixam perfeitamente e uma pegada rara entre carinhosa e forte...(suspiros)
Não foi fácil, mas superei, meu coração está vazio, leve e com a certeza de que algumas vezes temos que enterrar os vivos ou quem morre somos nós, quando o encanto de dentro se quebra, o que está fora não faz mais sentido, são apenas boas lembranças de uma fantasia. Minha.

Entre o primeiro e o último amor: algumas bobagens que nem vale comentar; um grande amor, desta vez real (talvez o tenha classificado maior de todos porque não terminou por falta de amor, não soubemos como seria o final da estória); um amor afetuoso, racional que tinha certeza ser para toda vida por tantas afinidades que tínhamos, no entando contradizendo as previsões , no tempo nos perdemos, mas rendeu um fruto maravilhoso que é o filho e uma grande amizade depois da tempestade.
Minha experiência é pequena se comparada a juventude atual, mas quem sabe ainda não acontece de viver algo bacana, leve, sem correntes, sem promessas, sem contos de fada e principalmente sem mimimi... Só não vou inventar sentimento, se rolar rolou, se não rolar, paciência, mas "pelamor" que eu não cisme nunca mais com um homem afinal quem já tem 50 está mais para o desembarque do que para o embarque!

Pensei, pensei e não sei definir o amor, acredito que cada pessoa é diferente, nos toca de uma maneira peculiar, tudo diferente, personalidade, beijo, química, pegada, afinidade e depende do momento que vivemos, da experiência que temos. Todo amor vale a pena, se o coração bater mais forte e bater na porta, temos que deixar entrar e saboreá-lo para conhecer e então definí-lo. Só sabemos daquilo que vivemos! (Amor platônico, não mais!?)*. 



Agora de uma coisa tenho certeza, NÃO SOMOS DONOS DO AMOR DO OUTRO! Somos donos apenas do nosso amor, por maior que ele seja não se obriga alguém a nos amar, isso é sentimento de POSSE e EGOÌSMO. O amor é naturalmente livre para voar, ninguém dá o que não tem e não há nada mais triste do que estar com alguém sem gostar, pelo menos é minha opinião.


Sábias as palavras do poeta Vinícíus de Moraes: Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.

* Há uns 5 anos ouvi uma atriz global que não vou citar o nome (85 anos) ao ser questionada sobre a vida amorosa nesta fase da vida, ela disse que estava apaixonada, que a idade não importava e sim sentir o coração pulsando, a expectativa de encontrar a pessoa...que aquela sensação a fazia se sentir mais viva. A apresentadora  perguntou se essa paixão era real, se o amado sabia deste sentimento dela; que respondeu: -Não, isso é o que menos importa na minha idade. 

2 de nov. de 2012

Meu pai e ser feliz!

Hoje é Dia de Finados, dia importante para os religiosos, o que não sou, mas respeito a lembrança dos que nos foram tão queridos em vida, elas nos confortam todos os outros dias, por toda a vida.
Em setembro meu pai teria completado 81 anos, não teve bolinho, não teve abração bem apertado, há 2 anos ele se foi, nunca mais o vi segurando seu cachorrinho no colo, na calçada me acenando quando eu virava a esquina para voltar para casa quando o visitava:
 -Tchau pai!
É estranho pensar em tempo cronológico quando o assunto é sentimento, ao mesmo tempo que parece ter sido ontem, parece uma eternidade quando se sente saudade de alguém querido, com a certeza absoluta de que a gente não vai mais se encontrar, mas a certeza de que ele vive dentro de nós.

Somente há alguns dias tive coragem para reler os rascunhos que andei escrevendo nos dias que passamos juntos aqueles momentos de angústia, esperança e recordações. Foram tempos difíceis de dor e sofrimento verdadeiros, sem as frases feitas de impacto que dizem que sofrimento é opcional...Não é mesmo!

São singelos e frágeis (como eu naquele momento) os versos que fiz naqueles dias, nas tardes solitárias enquanto meu rei dormia...

Sua voz é firme
Conta causos.
Fala dos acasos
Planos passados...
Memórias que lhe contaram.
Ah, como me encanta
Saber um pouco mais de ti!
Talvez uma última oportunidade
Daquela estória me contar

Meu gigante corre contra o tempo
Não este tempo que lhe corrói o corpo.
Corpo que não lhe pertence.
Que lhe rouba os espaços
Lhe joga no abismo
No raso de seu leito.

Quer o tempo da alma
Que tão linda
Mesmo não sabendo andar
Tem vida,sabe voar.
Anda...voando pelas palavras
Quando ao seu lado fico a escutar.

Meu gigante canta
Canções do seu tempo
Do nosso tempo...
Até que a voz se cala
Cansado, o sono o embala
Nutre seu corpo
E rouba-o de mim.

Dorme meu gigante
Um dia o silêncio chegará,
Ao pó voltarás.
Seus risos de menino lá do Miraí se escutará
Suas pernas já o levarão a todo lugar
Mesmo sem asas poderá voar.

Muitos momentos me marcaram naqueles dias, mas uma passagem muito especial foi no último dia dos pais que passamos juntos, enquanto ele dormia fiz meu presente na cozinha....
Quando ele acordou eu disse:
 -Pai, feche os olhos que vou trazer seu presente!
Ele sorriu não querendo fechar os olhos, jeitão mineiro desconfiado...
-Pode confiar pai, feche os olhos!
Fui à cozinha peguei e coloquei na frente dele: - Pode abrir!
Quando abriu os olhos, o sorriso se espalhou, bateu palmas como um menino para um prato de bolinhos de chuva...Este e um longo abraço foram nossos presentes naquele último dia dos pais juntos.

Difícil escrever essas lembranças sem não me debulhar em emoções...

Daqueles dias lentos de emoções infinitas, acho que a maior lição que tirei é valorizar cada momentinho desta vida, cada ato por mais simples que ele pareça, de um momento para outro podemos não mais tê-los. Desde que ficou de cama (2 meses e meio) e nunca mais andou, o sonho dele era poder VIVER mais para andar nem que fosse até o portão e ficar olhando a VIDA passar com seu cachorrinho que ele amava imensamente. Não conseguiu.

Depois desta experiência, por favor, não me falem na medida certa de ser feliz, não me falem de alcançar as estrelas ou ser imortal. Sou feliz porque acordei, posso viver plenamente o dia de hoje e com as melhores lembranças dos que se foram.O amanhã, o próximo instante? Só quando e se eu acordar...











14 de out. de 2012

Quem é você na night, já criou um nome?

Esses dias aconteceu um episódio muito desagradável, acabei me vendo em um "barraco" no facebook, sabe aquele que você lê por aí e pensa: Nossa que coisa triste...
Pois é, não gosto destas coisas, mas me envolvi, a falta de ética que assola os comentários que vemos por aí é algo que chega a ser assustador (para não dizer outra coisa)! Resultado: não resisti a um comentário e caí de boca (ou seria língua?). 

Resumindo, que este não é o assunto da postagem (apenas uma das inspirações para ele), pena não ter sido uma discussão no campo das ideias, quando não se tem a compreensão do que se lê, nem argumentos para refutar uma colocação, a única opção é agredir o lado pessoal. 
Daí que a pessoa me disse coisas tipo: 
Quem é você na night? (boa, né, essa é do meu tempo) Quem é você na vida?
A senhora deve CRIAR NOME antes de falar qualquer coisa....
Inútil, digna de pena,  completa desconhecida, ninguém se importa...bla bla bla

Já deu para ver o nível que foi a coisa, mas como alguns não presenciaram o barraco não vou me alongar, afinal os leitores podem não saber das partes e seria antiético de minha parte também!

Fiquei pensando sobre o que é ter um nome, criar um nome, como as pessoas imaginam o que é TER um nome...

Para mim, um nome é praticamente uma marca registrada de tudo que somos, tudo que aprendemos com nossos pais, nossos relacionamentos, nossa vida social, nosso caráter diante das situações...Meu nome é minha história e dele muito me orgulho.
Ser alguém na night seria ser celebridade na área de atuação profissional? Se for não tenho nome, não me dei bem na vida neste sentido e sinceramente não me sinto menor que ninguém por isso, afinal o que é ter sucesso na night? Muitos são bons, muitos sonham, mas  nem sempre a vida dá oportunidade a todos que merecem, tem capacidade; alegro-me pelos que conseguem, não vou ficar me iludindo achando que sou isso ou aquilo, sou Dalva Rodrigues, uma pessoa simples e de bem com tudo que a vida me proporciona, minha única pretensão é continuar a ser feliz! Adoro escrever aqui neste blog, conhecer pessoas, interagir com elas, fazer meu artesanato mesmo não conseguindo fazer dele uma fonte de renda, não tenho "rabo preso" com ninguém, só curto o que gosto, falo o que penso (curto pensar), adoro as amigas, o filho, família, enfim, não sou nem tenho pretensão de ser celebridade, a única coisa de que faço questão é de ter NATURALMENTE o carinho das pessoas que considero bacanas e humanas de verdade.

Ontem a fofa Lia Agio (O tacho da Pepa) compartilhou em seu face o link do meu blog, olhe só:

Você precisa conhecer esse blog...
É tão gostoso de ler...
Da querida Dalva!!
Não bastasse, em seguida me aparece a queridíssima Elaine Gasparetto (Um pouco de mim) e:
Sim, sim, sim! Além do blog ter ótimo conteúdo ainda tem a Dalva Rodrigues!

Hahaha, Elaine e Lia, obrigada, vocês não fazem idéia da emoção ao ler meu Nome nesse exato contexto que vocês escreveram, na mesma hora decidi que escreveria esta postagem, meu ego foi lá na lua e voltou!  Uma escreveu apenas Dalva, expressando proximidade, outra Dalva Rodrigues expressando Valor! Bom meninas, me desculpem se estou sendo metida...mas foi o que senti hehehe
 

Sem contar que um trabalho artesanal que postei no face  rendeu:
uns 70 comentários, 4 compartilhamentos e quase uma centena de curtidas no geral (sem contar as minhas), 20 solicitações de amizade, 21 assinaturas.
Ah gente, fala sério...fiquei me sentindoooo  pra quem é invisível até que estou bem na fita!
Por mais que a gente não dê bola para opinião de gente no sense, tem um ladinho que fica meio chateado e quer saber estou me sentindo de alma lavada, não pelos números, mas pelo carinho recebido de tanta gente que nem sabia do ocorrido,  a melhor resposta que poderia dar para essa pessoa é essa manifestação de apreço, respeito por minhas coisas por mais simples que elas sejam.

Ter um nome é conquistar a admiração das pessoas com atitudes, não adianta ter uma ótima profissão, ter 5 mil amigos no facebook, ter trocentos" seguidores num blog, não adianta português perfeito, muito menos lamber botas com segundas ou terceiras intenções! 

 E desculpem o desabafo, não sei se foi o correto, mas estava engasgada...
Um abração enorme para todos!!!
E para terminar mais uma plaquinha, sempre inspiradas nas coisas lindas de minha querida amiga Gilian Demori Lopes!
O passarinho para pendurar ganhei da Lia (O tacho da Pepa), lá tem um monte de coisa cute! 

Há propósito, reconhecer é muito diferente de bajular!

 




3 de out. de 2012

Há vinte anos...

Há  20 anos, em 2 de outubro de 1992 tornei-me mãe!
A aventura começa quando você descobre que ser mãe, ter um filho, é muito mais do que ler a revista Pais&filhos!

Foi um dia muito especial, surpreendente, mágico e cheio de emoções, lembro-me como se fosse hoje, primeiro que durante a  consulta de rotina a bolsa se rompeu e não foi fácil convencer o médico me deixar ir para casa tomar banho, buscar o pai do rebento e as malas para partirmos, dois marinheiros de primeira e única viagem com a malinha toda caprichada em tons rosas para o hospital onde nasceria nossa princesa que nem tinha nome escolhido, havíamos decidido que somente quando olhássemos o rostinho dela escolheríamos o nome.
O hospital era um luxo, muito além dos nossos padrões, mas o convênio nos permitiu esse luxo por um custo razoável que valeu a pena, parecia um hotel de tão lindo!
Bom....lá fui eu com a enfermeira ou auxiliar, sei lá, para a tal sala pré-parto...Na espera do obstetra, entre depilação, verificação de pressão, dilatação e outras coisinhas chatas, comecei a me deparar com a realidade além das idealizações. Sabe aquela vontade de ser corajosa, papo natureba, mãe moderna (nossa, parto natural é tão antigo, né!) e tal, que quer fazer parto normal? Derreteu "tudim" ali diante da visão de  mulheres gemendo de dor conforme aumentava a tal dilatação. E eu só lá pensando que daqui a pouco eu poderia estar ali vivendo na pele aquela cena de novela de época, mas com cenário final século XX num hospital de luxo. Enfim meu médico chegou, verificou minha ficha, constatou a baixa dilatação pessoalmente e decidiu que teríamos que fazer a cesárea! Ah...quase o abracei de tanta alegria, não estava sentindo dor e nem queria chegar no ponto de uma moça logo ali à frente com a "piriquita" pulsando de dor a espera do bebe de parto natural. Francamente, na minha cabeça, dor não é natural, principalmente quando há outra opção.

E lá fui eu para a sala de cirurgia, o pai não assistiu, ficou passando mal (imagine se tivesse assistido) na sala de espera até ser avisado da chegada do bebê, talvez tivesse medo de algo dar errado, já havíamos tido uma gravidez que resultou em aborto retido, estava bem calma apesar de sempre ter temido a tal anestesia e ter inclusive passado mal quando tomei a raquidiana anteriormente. Fui elogiadíssima pelo obstetra que disse que muitas mães dão trabalho na hora do parto com comportamento histérico (juro que me lembrei das mulheres com dor na sala pré parto...sinceramente não sei se seria histeria depois de tanta dor) eu, de minha parte estava felicíssima com minha anestesia entre as vértebras que nem tinha doído tanto quanto dizem doer). O Dr Toshio era ótimo, super descontraído, falamos sobre nossa esperada princesa que ainda não tinha nome, sobre bebês e tal, tudo enquanto ele cortava as camadas de banha...Então às 15:37h nasceuuuuu....o Dr. disse: -Mãe, está esperando uma menina, mas tem uma surpresa, é um meninoooo....Nossa, foi uma emoção, até as enfermeiras ficaram espantadas, o doutor explicou na hora que era o único menino nascendo ali naquele momento, que não tinha como haver engano diante do fato de que esperávamos uma meninas pela interpretação do ultrassom. Que momento mágico, logo o trouxe ao lado de meu rosto, tão sujinho ainda e tão meu, tão pequeno, não tive a menor dúvida que era meu Príncipe Paulo que já tinha nome tão logo soubemos da gravidez, teria nome de santo como na música da "Legião Urbana" e por causa do livro "Paulo e Estevão" que o pai havia lido.
Lembro-me perfeitamente desta imagem dele ao meu lado, minhas lágrimas escorrendo pelo rosto, nossa não conseguia parar de chorar de tanta emoção....é uma imagem tão marcante que se fixa na mente que imagino nem Alzheimer apaga. Logo a notícia se espalhou, a família foi avisada da chegada do nosso querido Paulo Vinícius (o segundo nome só pra lembrar que a última palavra sempre é da mulher rsrs) e foi só alegria na sala de espera!
E ele nem teve roupinha cute de saída de maternidade porque as mais fofas eram cor de rosa, inclusive cestinho e tudo, mas ficou lindo de verde água e amarelinho. E fomos para casa agora com um nova pessoinha, nosso "Ticití Polo", para ensinarmos e aprendermos, juntos!

E lá se foram 20 anos...Ser mãe não é fácil, assim como não é ser filho, é um aprendizado eterno, tenho me esforçado e quer saber, como mãe sou uma ótima amiga e muito feliz por esse filho e amigo maravilhoso em minha vida!!

Um coração de mel de melão, de sim e de não...
É feito um bichinho no sol de manhã...
Novelo de lã no ventre da mãe bate o coração de Paulo...


Obs: Esta era a canção que mais cantava para ele quando bem pequenino....ele adorava!!!



8 de set. de 2012

Espelho Decorativo

Este trabalho fiz para o Desafio livre da Sandra Familia, ela cedeu a imagem e uma fota para nos inspirarmos, uma almofada linda com rendas num tom cru...lindaaaa!!!

Tinha uma tábua de bolo daquelas bem grandes na qual coloquei muitos dos bolos que fiz em aniversários de meu filho e não tinha coragem de me desfazer dela....Daí se transformou nesse espelho trambolhão e fofo que acabou ganhando o desafio, fiquei muito feliz, nunca havia participado de um desafio e gostei realmente do resultado da peça e da vitória do desafio também, claro! rsrs


19 de ago. de 2012

15 de ago. de 2012

Casado, solteiro ou/e feliz?

E aí ouvi dizer que hoje é dia dos solteiros e a gente comemora o quê mesmo neste dia? Será que é o contrário do que comemoram os casados?
Já li tanta conversa hoje sobre a delícia de ser solteiro(a), ser livre para fazer o que quiser sem ter que dar satisfações para parceiro(a)...Por outra lado li os casados se vangloriando das delícias de ter uma companhia fixa, de ter alguém que lhe entenda, um corpo quentinho para aquecer no frio, que é parceiro para toda obra...(cá pra nós, de verdade mesmo no mundo real, nunca vi isso não, mas no face já viu, né!)

Já tive minhas experiências pela vida, tive namorados (tá, foram poucos para o padrão atual, mas tive), já fui casada, tive meus momentos de felicidade nesta modalidade, hoje estou solteira, feliz  e sem pretensão de estado civil algum, meu coração não está endurecido, apenas não acredita em amor inventado só para provar à sociedade que tenho alguém ou que sou um ser querido por alguém na face da terra...(essa é ridícula!), sem contar que  para quem ama a liberdade como eu, encontrar alguém que entenda isso é muito difícil. 

E vou seguindo sem seguir regras de comportamento, o mais chato é aguentar as pessoas lhe questionando sobre seu futuro estado civil como se não fosse possível ser feliz sem ser casado ou ter namorado, e o que falar da turma que quer lhe mostrar que você não tem alguém porque tem medo de ser sofrer, medo de ser feliz? Fala sério...comédia!
Será possível que as pessoas só podem ser felizes formando um parzinho, onde está escrito isso, por quê? Tanta coisa me faz feliz, todo o resto não vale nada se não houver um par ? Não acredito neste papo de aparecer alguém que traga felicidade, aliás isto é um fardo para o outro coitadinho que já chega com esta responsabilidade de ter que suprir a necessidade de felicidade  de alguém e muitas pessoas vivem infelizes para sempre justamente por conta desta obrigação de fazer o outro feliz. Esperar isso de alguém é cruel demais, o cúmulo do egoísmo e nesta atitude não há absolutamente nada do que acredito ser amor. Não é só a gente que quer amor, o outro lado também quer, tá ligadooo?

As pessoas são diferentes e têm necessidades diferentes, uns sentem necessidade de ter alguém, outros não, outros são de fases, querem ser fiéis aos seus sentimentos mais íntimos...O que vale é estar feliz de verdade, não ficar se dizendo feliz solteiro se fica morrendo de inveja dos amigos casados ou comprometidos e o contrário também.


O tempo é de ser feliz seja solteiro ou casado, regras da sociedade é o que menos importa! Há uma frase na música do Frank Sinatra - My way, que adoro e diz (perdoem minha tradução precária): O que é o homem, o que ele possui se não possui a si mesmo? Então ele não é nada.

Um brinde aos solteiros ou casados que se sentem realmente felizes, pois acima de tudo estão felizes consigo mesmo!



10 de ago. de 2012

Daisies on Blue


Modéstia à parte, adorei esta placa decorativa/utilitária, os ganchinhos cromados que comprei com a Gilian Demori Lopes deram um charme todo especial e combinou muito com a gravura que tbm adquiri com ela.
Foi de presente para minha tia Cidinha que é um doce, acho que combinou com ela que ficou super contente com o presentinho!!!

23 de jul. de 2012

Plaquinha Sunday Morning

Adorei o resultado desta plaquinha quando ficou finalmente pronta!!
Esses dias vi uma senhora compartilhando uma foto com o coraçãozinho de arame ironizando a originalidade do mesmo nos trabalhos da Gilian Demori Lopes, achei engraçado, afinal coração é uma forma tão banalizada que vem de longa data e minha amiga tão competente e inteligente não pagaria o micão de falar que isso é criação dela, seria muita ingenuidade. Daí me veio um desafio pessoal, vou tentar fazer algo diferente no araminho, não o coração que é tão fofo e dependendo da peça, indispensável; sofri um bocado para conseguir repetir do outro lado (na verdade não ficou igual), mas é tudo uma questão de treino e vamos sempre tentando melhorar e aprimorando as técnicas, assim surgem as novas idéias! 
E viva as inspirações (para quem tem capacidade de usar a criatividade)!!!

Obs: Provavelmente minhas torcidas no araminho não são originais, alguém certamente já fez, mas este aqui surgiu na minha mente, na minha vontade de fazer o diferente.
 



19 de jul. de 2012

Plaquinha Chocolat




A gravura (da Gilian Demori Lopes) ficou um pouco torta, me enrolei nas medidas com os recortes e as ripas (quis testar na horizontal, não gostei muito não!), mas o resultado final foi legal!

Infinitus


Nos caminhos da manhã fria e molhada apago da paisagem tudo que me lembra você.
Voltando, pelos caminhos da tarde morna reinvento, desenho, crio cores...recorto.
Ao cair da noite gelada deito-me solitária, colo no cobertor.


8 de jul. de 2012

Mimos - Brinquei e ganhei!!!

Estou tão feliz, ganhei um sorteio e recebi um monte de mimos!!!

Bom, quem me conhece deve estar pensando: -Ué, ela vive dizendo que não gosta de sorteio e agora tá toda prosa falando que ganhou um...
"Peraí", vocês tem razão, eu não curto sorteio/publicidade mesmo, mas este era uma brincadeira do blog Um pouco de mim em parceria com o blog O Tacho da Pepa. A brincadeira era escolher o nome da bonequinha de pano que estava sendo oferecida para quem escolhesse o nome mais legal, daí uma moça esperta escreveu um nome muuuiiito bacana e ganhou, mas não apareceu para receber o prêmio....e foi para sorteio pela loteria federal e eu ganheiiiiiii....

Quando cheguei em casa sexta e abri aquela caixinha....Ah...foi mágico, a cada mimo que tirava dela eu parecia boba (tá certo, eu sou um pouco e não nego! rs)...tudo tão lúdico, fofo, romântico, de bom gosto, com tecidos lindinhos...A capa de almofadinha com uma frase linda bordada...a boneca de pernocas compridas (Serafina) e seu latãozinho de flores do campo...coração/love - parceria perfeita e em azul que amooo, passarinho para pendurar, uma bolsinha organizadora muito mimosa e uma ovelhinha que é um encanto com sua gravatinha....méééé...
E tudo isso veio embrulhadinho em papel de seda xadrez rosa e branco e um bilhetinho tão cute, cheio de carinho, de energias boas!!!
Foi um dia especial, estive com uma amiga querida da qual ganhei dela um montão de mimos encantadores também, jogamos um cadinho de conversa fora e por último este pacotinho com recheio sabor alegria!!!

O mais legal é que por trás dos mimos existem pessoas e isso os faz serem especiais, pode ser um simples bilhetinho, uma balinha, um pão fresquinho e cheiroso da padaria, uma fatia de bolo feito em casa e até um abraço bem apertado pode ser um mimo sem igual!
E mimos não têm nenhuma relação com aquele papo tipo Best Friends Forever ou coisa parecida, é afeto fraternal, pode ser até mesmo de alguém que você nem conhece. Já experimentou dar algo para uma pessoa que nunca viu na vida, sem interesse algum apenas por demonstração de carinho, assim do nada? Já viu alguém fazer isso? É mais ou menos como se você desse água para quem está com muita sede e não tem água para beber, diria que um refrigério para a alma, é como reação de criança de antigamente que ganhava um presente...brilho no olhar.
Mimo de verdade não tem preço, é espontâneo, de dentro para fora e não é qualquer sorteio que te dá!!
E também não se iluda, pois nem todos sabem recepcionar um mimo de coração!

Obrigada de coração às meninas que me enviaram os mimos - Elaine, Pepa e Vi, parabéns não só pela beleza mas por todo carinho que está costurado nas peças!!
Amei tudoooo....tive sorteeee, ganhei mimos de verdade!!!

Abaixo as fotinhos para curtirem um cadinho da minha alegria! 


Dalva Rodrigues



Obs: Posso até participar de sorteios, mas porque CURTI de verdade e  não para fazer publicidade "de grátis" do que não curto só para ter a possibilidade de ganhar um brinde.



17 de jun. de 2012

PARADISE - Um Pequeno Conto em Prosa

Ela decidiu ficar ali, abriu mão dos voos que no fundo sempre tiveram algo de solitário, seja na espera ansiosa pela decolagem ou no pouso forçada de seus desejos de mulher apaixonada.
É bem verdade que não era o seu desejo, apenas uma questão óbvia de escolha sem outra opção...pés no chão.
Bagagem de mão, suas fantasias cabiam naquele pequeno espaço tão cheio de lembranças perfumadas.
Era seu saguão de um aeroporto sem aviões.
Olhou para os lados...tudo vazio ou pelo menos lhe parecia, tudo sem sentido neste concreto chão.
Uma mão lhe acenou se perdendo na multidão invisível.
Um rosto lhe sorriu e apagou-se diante do frio em seu olhar.
Solitária e segura caminhou para casa em silêncio, abriu portas e janelas.
Desfez a pequena bagagem...diversas vezes. Chorou...até que as lágrimas secaram.


Restou saudade daquelas viagens ao paraíso agora perdido no vazio.
Algumas vezes olha para o céu, fecha os olhos, sente um ligeiro calor na face e a brisa nervosa do vento que desarruma seus cabelos.
Lembranças invasivas lhe perturbam a alma e queimam o corpo, sonha como menina e fantasia como mulher, sente como se fossem as mãos do amado a lhe acariciar os cabelos, lábios, alçando-a ao perdido paraíso que ficou lá no céu de Agosto.
Abre os olhos...ou quem sabe seriam grades, que se abrem toda vez que ela fecha seus olhos...


Dalva Rodrigues



10 de jun. de 2012

Plaquinha Flowers

Esta gravura (da Gilian Demori Lopes) me surpreendeu no resultado, nem imaginava como usá-la e de repente lá estava ela se encaixando direitinho na madeira, no guardanapo do detalhe, nas cores e carimbo que queria usar...Gostei muito do resultado!


6 de jun. de 2012

A dor é sua?



De onde vem a necessidade de ver ou escancarar a dor alheia?
Ao ligar a TV e dar uma zapeada logo notamos que a violência é a "grande sacada" de temas para programas, noticiários, documentários, novelas, etc, tudo para alavancar audiência.
Fico abismada ao ver as câmeras mostrarem explicitamente pessoas atropeladas, sob ferragens, agonizando; pessoas passando dor em hospitais esperando atendimento, morrendo...; a dor de familiares em velórios e sepultamentos depois de uma tragédia...

Nas redes sociais as imagens também me chocam, não por mim, mas pelos retratados em sua intimidade em um momento de fragilidade...de uma dor que não é nossa e não temos o direito de divulgar! Aliás para mim, sem entender de leis, isto é crime por danos morais.
Animais, crianças e adultos mutilados, deformados, doentes, espancados, debilitados em seu momento de dor e sofrimento tendo a sua imagem exposta assim tão cruelmente ao mundo para ser curtida, compartilhada e...marcada quem sabe para sempre.

Violência existe e não há como ocultar, mas expor a imagem da dor diante da violência sofrida, ao meu ver é mais cruel ainda, me pergunto quem em sã consciência gostaria de ver a si, um filho ou neto seu exposto assim?
Alguns podem dizer que é para chamar a atenção da sociedade, mas sinceramente se isso resolvesse estaríamos vivendo em um paraíso sem criminosos com mentes tão perversas e insensíveis.

E depois quem joga Silent Hill, Resident Evil e outros games são chamados de psicopatas...
Não cabe a mim julgar as intenções de quem compactua com essa prática, mas vamos parar para pensar com carinho, refletir nossas atitudes. Diante da dor e sofrimento estamos completamente frágeis e tudo que precisamos é de afeto e compreensão.

Vamos eternizar uma imagem feliz, cheia de vida e esperança em dias de paz para que esta possa amenizar e superar o sofrimento de hoje.
Pense....Amanhã pode ser você estampado no Facebook...AGONIZANDO ou FELIZ.
O que você prefere?

Dalva Rodrigues

13 de mai. de 2012

Ser Mãe

Ser mãe...
Ser mãe é muito mais que gerar
É mais que biologia,
É ser humana!
Ser mãe é atitude!
É coisa de mulher!

Toda mulher que é sensível em algum momento será mãe!
Pode ser mãe dos sobrinhos, dos filhos das amigas ou de uma criança carente de um mimo, de afeto...
Pode ser mãe do seu amado em momentos de angústia...
Pode ser mãe de seus pais quando os anos de caminhada lhe sugarem as energias do corpo e tudo que precisam é de cuidado e do afeto  que um dia lhe dedicaram...E ao final da jornada ter a certeza de que todo amor do mundo valeu a pena!
E toda mulher pode ser mãe de si, olhar-se com todo o carinho que só mãe sabe dar!

Um Feliz Dia das Mães para todas mulheres que são mães biológicas ou não, que usam sua sensibilidade e afeto para acolher os filhos que a vida nos oferece!

Dalva Rodrigues

29 de abr. de 2012

Quadrinho Circular


Quadrinho que fiz para minha amiga Katia que comemorou 70 anos de muita disposição para o viver.

Gravura: Gilian Demori Lopes

27 de abr. de 2012

House of Orchids





Plaquinha tema orquídeas que fiz para uma querida amiga, Lyna, que tem um jardim encantador que agora se chamará "House of Orchids". Adorei!

Gravura de Gilian Demori Lopes

15 de abr. de 2012

Urgência

Tenho pressa
Uma pressa sem sentido
Com todo o sentido
De tudo...
Ou de nada.
Recolher livros, fotos, papéis
Publicar os rascunhos
Desatar nós
Arejar a casa
Varrer o quintal
Podar as árvores
Lavar as roupas
Ao cair da noite repousar 
Aliviar o peso dos anos
Adormecer ouvindo vozes do passado
Limite quase palpável do presente.
Texturas, odores
Passos
Acordes de viola
Brasa no fogão
Filão de pão
Café coado
Pé no chão.
Lá fora o dia brota
Ouço o sarilho cantando
O balde que salta
Agua fresca que sobe
Salpicando estrelas
Quando beijada pelo sol.
Caneca de alumínio areado
Sede matada.
Chão de terra socada
Chitas no varal
Pipas
Árvores
Frutas
Balanços
Risos
Latidos
Livros
Pirilampos
Lamparinas
Cantorias
Noites de neblina 
Fecho os olhos...
Abro e já é dia
Acordo do ontem
E ainda é vida.
Nos ponteiros das lembranças
Muito tempo se passou
Vida que passa
Tudo que se foi
Tudo se faz presente.
Lá fora o mesmo sol
No quintal  limoeiro seco
Não é o pé de laranja lima
Este, cortaram há muito tempo.
A água sai da torneira
Não tem som de guizos
Nem lembram pequenos príncipes.
Pelos dourados
Tornaram-se ninhos de pardais.

Não sei de onde vem
Esta urgência em arrumar meu desarrumado
Muito menos para onde vai.
Só sinto que preciso estar pronta
Ajeitar na mala da vida
Tudo que é tanto
E no entanto é nada.
Talvez nem precise dela.
E mesmo que seja assim
Quero estar pronta
Alma sempre lavada
Batom rosa
Sorriso nos lábios.
O que não sei
Sei, me espera!

Dalva Rodrigues



Foto retirada do Google/imagens
Sem fins lucrativos




8 de abr. de 2012

Plaquinhas Decorativas

 

Gostoso demais fazer plaquinhas, depois que aprendi umas tecnicas com aula da Gilian Demori Lopes, estou gostando mais ainda!!!





4 de abr. de 2012

Restam as canções


Restos de um amor...Lembranças de momentos, de palavras que desenhavam desejos na espera ansiosa de seus abraços...
Tento apagar de mim as lembranças... Joguei fora tudo que lembra esse amor; apaguei mensagens e poesias; excluí seu nome; rasguei lenços e rendas; espalhei perfumes na correnteza das águas da chuva, cortei os cabelos, digo que não o quero, não sinto saudade...
Posso eliminar todos traços, pistas de sua ausente presença causada pelo adeus que me negou em um derradeiro carinho egoísta deste estranho querer.
Restos de amor...Restos que apaguei do meu viver para esquecer o tão pouco que não posso ter.
E de todo o resto algo não se foi, como se estivesse a rir de minhas técnicas de desapego, algo que não vem de mim e mesmo que queira, não posso evitar, são as canções que me lembram você, rebeldes canções que sem meu consentimento, aqui e acolá se espalham no ar, despertam  emoções, zombam de mim, dos restos de amor que guardei na LIXEIRA ESQUECER VOCÊ.

Dalva Rodrigues