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8 de set. de 2011

IMENSIDÃO

Imensidão
Aninha ilusão
Névoas que bailam
Lindas bailarinas
Perfumadas como rosas.
Dona das tardes mornas
Onde pássaros agitados
Procuram árvores frondosas
Um lugar para repousar.
Tardes de amantes
Acolhe desejos de aquecer
Braços entrelaçados
Sem laço.
Nela me envolvo
Em teus braços
Tudo é imensidão
Espaço infinito
Minha criação.

Ah, embriagada alma.
Dentro dela rodopiou!
Como menina alegre
Em névoas espirais
Bailou.
Como lenço de seda
Ao vento do mar
Prisioneiro atado
No pescoço da moça
Não pode voar.
Tudo que vê
É imensidão
Beleza do mar
Desejo de navegar.

Doce ilusão
Dentro dela girou.
Tão veloz
O lenço desatou
Solitária moça abandonou.
Livre na imensidão
Voou.
Em areias brancas
Fugaz
Logo à frente pousou.
A onda veio
Levou
Ilusão evaporou.
Fantasia solitária
Despida ao chão
Resta imensidão.
Sem perfume
Sem cor
Sem calor
Apenas espaço:
Desabitado
Ocupado
Denso
Concreto
Vazio
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Postagem original: Publicado em: 17 de março de 2011 às 15:06

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