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31 de ago. de 2011

Destino no Asfalto

Mais um dia de trabalho e lá vai o motoqueiro pelas ruas de São Paulo, personagem anônimo na imensa paisagem de concreto da grande cidade, insólito em seu tricotear busca os espaços que o levam ao destino da rotina diária do existir.
Mas ele não vê que o destino pode estar logo ali à frente, escondido no asfalto sob as águas turvas da chuva que castiga  a cidade cinza e apressada que alimenta e também devora seus habitantes. O destino ignora os sonhos do personagem...lar, amores, laços, abraços, risos e choros espalhados pelo ar...
Um segundo e o destino se faz: a vida é lançada aos ares, cai simplesmente o corpo estatelado no asfalto, o sangue sendo lavado pelas águas da chuva, novamente atrapalhando o tráfego de mais um dia frio e cruel na cidade que não pode parar.
Rapidamente o burado é tapado, será chamado de fatalidade camuflando o descaso, a omissão. A vida dos sobreviventes continua escrevendo a cada dia seu próprio destino...até encontrar um buraco no chão.
Um pai, um filho, um amante...hoje mais um alguém não vai voltar para casa.

Postagem original: Publicado em: 28 de outubro de 2009 às 9:26



Beijo

Beijo rebelde
Aventureiro
Percorre colinas
Procura  pela brisa do mar

Foz que se rende
Te espera
Te prende


Invade
Arrebata
 

Cobre os espaços
É laço
 

Domina meu chão
Bebe minha alma
Brinda meu corpo
Em seu corpo

Sorve meu desejo
Descança em minha pele

 

Beijo
É chama 

Selvagem
Clama
 

Dono da paisagem
Indomável
No relevo

Esquece as moradas 
Sou sua...
Pousada












Postagem original: Publicado em: 6 de setembro de 2009 às 13:50

Certos Dias

Há dias com gosto de chuva
Daquelas de inverno
Insistentes
Parecem desabar
São gélidos e caldalosos

Na enxurrada incontrolável
Arrastam o ocaso da ilusão
Não adianta capa
Nem guarda chuva
Cortam corpos trêmulos
Congelam almas
Frágeis pensamentos ingênuos...
Carregam tudo pelo caminho
Desabam no bueiro escuro
Tenebroso
Que engole sorridente
As águas turbulentas
No final da ladeira cansada

Há dias de chuva
Ouço do quarto fechado
A força da tempestade
Que não se importa com minha vontade
Abro a janela
Não tenho medo dos dias de chuva
Nem medo de raios e trovões
Eles passam sempre
A vida brota
Fecho a janela
Abro a porta
Vou sair lá fora













Postagem original: 6 de setembro de 2009 às 13:46

Minha Vida em Poesia

À noite a menininha usava a imaginação
Sombras nas paredes, luz de lampião.
Lá fora o grilo cantava
E cantava com o pai
Que causos contava
E ela assim pelo mundo vai.
De manhãzinha ainda na cama
O cheiro de café no ar
No rádio, moda de viola sempre a tocar
Todos vão trabalhar,
Menos a vó que dizia:
-Levante menina, vá brincar!

A menina cresceu
Foi à escola aprender.
Dos livros aprendeu a gostar
Mas não gostava muito de estudar.
Boné na cabeça, o mundo para conquistar
Ah, como era boa a vida de muleca de rua:
Bolas, pipas, figurinhas, brincadeiras...
E música sempre no ar.
Na cozinha o cheiro de bolo de fubá
A figura da avó!
Veio-me o gosto para cozinhar.

A moça tímida camuflada
Perdeu o tempo certo de namorar
Se é que para isso tempo há
Ficava na rua a brincar.
E que grande bobagem,
A pretesto de trabalhar
Deixou de estudar
Sem saber que a vida dá
Aquilo que vamos buscar.
E a jovem fez a triste escolha
Junto à mãe o mundo foi enfrentar.

O primeiro grande amor
Veio a despedida...dor.
Voltou a estudar
Queria o mundo libertar.
Quis dar uma chance ao amor
Tentou.
Novamente o estudo abandonou.
Um horizonte mais amplo não enxergou.
Casou.
Veio a maternidade junto à maturidade
Sentiu na existência daquele ser
O significado de viver.
Novas escolhas...
Foi mãe.
Na infância do pequeno
Com ares modernos, sua própria reviveu.
Cada gesto foram laços
Não faltaram abraços!

O tempo passou, sentiu-se só
Nem a música soou.
Amor deveria ser partilhar...
E não sendo, melhor acabar
O que acabado já está.

É tempo para recomeçar
Voltou a estudar
Música no ar
Quer o mundo abraçar!
Como o poder de poesia,
Muitos contos pode narrar.
 Obs: O tema desta poesia foi sugestão da pro Nilu.

Postagem original:  Publicado em: 12 de julho de 2009 às 12:58

O Casarão



Atrás das grades
O antigo casarão
Azul da cor do céu
Não é uma ilusão.

Abrem o portão
Vejo faces desconfiadas
Será medo do outro
Ou será medo de si?
Atrás de cada face
Uma história a contar
Um sonho
Um destino a mudar

O portão que se abre
É a mão estendida
A oportunidade almejada
A criança resgatada.

Passos inseguros
Paralelepípedos frios
Ruela estreita
Muita cor!

Encontramos o calor
O cobertor da dedicação
Que vem do coração
De cada um que vê no todo
A única solução.

Logo cruzaremos aquele portão
Novos horizontes desvendaremos.
Cada um tem seu valor
Cada face identidade
Hora de buscar felicidade.

Para trás o casarão ficará
Mas em nossos corações
Para sempre estará.
Em cada lição aprendida
Em cada amigo
Em cada olhar
Tudo que ficou por lá.


Esta poesia fiz para homenagear minha querida e inesquecível professora
Nilu, de Leitura e Comunicação e também para expressar um pouco de
meus sentimentos nestes meses que estudei e convivi no SASECOP.
E minha poesia ficará por lá, enquadrada no casarão...É muita emoção!
Mais do que certificados, encontramos muito carinho, dedicação e muitas lições de vida.


Postagem original: Publicado em: 4 de julho de 2009 às 10:50

28 de ago. de 2011

Palavras

As palavras
São alegres como crianças
Brincam em meu pensamento
Querem criar vida
Querem correr com o vento
As palavras
Fervilham, misturam-se
Querem tomar forma
Namoram-me.
 
As palavras
São rebeldes
Ficam mudas
Fingem-se de surdas
Querem protestar.
 
As palavras...
Elas não entendem
Que o poeta se esconde
Que apesar de alma sonhadora
Não sou poeta
Sou somente elas…
Palavras
Que saem escondidas para
passear
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
Postagem original: Publicado em: 16 de maio de 2009 às 4:45

PELAS RUAS

Onde mora a dignidade humana? Esta foi a pergunta que me fiz.

A mulher vinha pela rua, vestes surradas, cabelos desgrenhados, olhar inseguro. Parou, olhou a rua, atrás de um poste tirou da sacola uma garrafa PET com água, despiu-se da peça íntima por baixo da saia comprida e agaixando-se lavou sua intimidade, olhando para os lados como se pudesse assim evitar possíveis olhares.
Meus passos diminuiram como a querer preservar aquele momento de pivacidade ali tão exposto na calçada pública esburacada. Passei por ela querendo ser invisível e pensando que eu estava indo e voltaria...e ela talvez nunca voltasse por não ter de onde partir, num ir e vir para o nada.
Não olhei para trás, não sei se pela consciência leve ou pesada.
Onde ela mora, a tal dignidade? Onde mora não sei, mas sei que pode ser muito...muito pouco.

Postagem original:  Publicado em: 8 de maio de 2009 às 11:55

O PANO

Lá estava o pano…
Há muito tempo me esperava
Seria capaz de pintá-lo?
O desafio pulou do molde para o tecido
Mãos inseguras
Tintas, carbonos, pincéis…
Cores brincando com ilusões
E a pintura surgiu
Olho para o pano…lindo.
O tempo o encardiu…
Olho para o pano
É só um pano velho
Pintado
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
 
Postagem original: Publicado em: 17 de março de 2009 às 7:30

Eu Me Pertenço!



Dia Internacional da Mulher…
Foram tantas transformações  ocorridas em um espaço de tempo relativamente curto, então como definir o perfil da mulher de hoje? Não me sinto capacitada para generalizar e traçar esse perfil, afinal há mulheres em várias faixas etárias e cada uma traz um comportamento baseado não só em crescimento emocional, pessoal, como também social.
Estava eu a passar uma calça para meu filho ir a um casamento e fiquei pensando: Que tempos eram aqueles em que uma mulher era rotulada “boa” pelos cuidados com roupas, arrumações, dotes culinários, servidão à família…Certamente não gostaria de estar fazendo vincos em calças…em tempo algum.
Então perguntei-me questionadora, observadora do comportamento humano, como sempre: Que perfil de mulher é você?
Lembro-me exatamente de minhas observações relacionadas ao universo feminino, achava tudo castrador, limitado, deliciava-me com as feministas, queria trabalhar como minha mãe (apesar de reclamar sua presença), ser independente de um homem e ao mesmo tempo queria um para mim como se isso não fosse dependência…talvez um homem para validar minha existência..
Ao longo dos anos fiz minhas escolhas, todas muito bem pensadas, sempre muito racionais para evitar culpas posteriores…e não reclamo das escolhas, fui feliz na maioria delas; estúpida, infantil e covarde em outras…E em todas escolhas a verdade, a minha verdade, sempre esteve presente, minha alma sempre foi livre, meus sentimentos nunca se calaram…Não consegui independência financeira, mas nunca fui dependente de um homem; lavei, passei, cozinhei; limpei…
Aprendi a amar…sem idealizações…incondicionalmente…não preciso ser dona de alguém, muito menos que sejam meu dono para eu amar ou me sentir amada; respeito  ao ser humano é essencial.
Trabalhei menos do que sonhei, estudei menos do que deveria, mas em compensação fui mãe amiga e companheira e isso é maravilhoso…poder ter tido a oportunidade de crescer e me renovar na alegria de ser mãe, não aquelas superiores que sabem tudo, aquela que além de educar se permite aprender…e aprendi muito com a maternidade, esse foi meu melhor desempenho na vida!
Acho que toda mulher, não importa a idade, deveria sempre voltar-se para dentro de si e questionar-se:
Isto me faz feliz, é o que realmente quero?
E se não quero, quem foi que disse que tem que ser assim?
Por que preciso de um homem para me completar se sou completa?
Por que tenho que me casar?
Por que não me casar?
Por que tenho que trabalhar fora, ser uma vencedora só profissionalmente?
Por que tenho que ser só dona de casa?
Por que tenho que ser competente o tempo todo?
Por que tenho que ser mãe?
Por que não posso dizer que não estou a fim de sexo?
Por que não dizer a um homem que estou morrendo de desejo por ele?
E por aí vai..são tantos os questionamentos que devemos fazer o tempo todo e cada resposta é única e nos mostra o caminho quando a resposta é dada para nós e não para aqueles que nos cercam ou à sociedade. E o mais importante: Não diga não querendo dizer sim e muito menos diga sim querendo dizer não!
Sou mulher…feminina (pelo menos aos meus olhos...); bela e fera; atrapalhada; sonhadora com os pés no chão; livre de corpo e alma; carteira vazia; alguns planos; mãe companheira; tenho vontade de beijar na boca só quem eu quero; tomo cerveja; ouço, canto rock and  roll…sou feliz assim.
Acima de tudo…”I am Mine!”, como diz a música do Pearl Jam.

NUA



Que vestes veste a mulher...

Menina de lacinho
Mocinha de sainha
Jovem moderna e sedutora
Madura comportada
E a senhora alinhada

Que vestes me veste...

Ora sou uma
Ora sou outra
Em outras...sou todas
Algumas vezes nenhuma...
Sou nua

Vestes...
Visto-me
E dispo-me delas

Vesti-me quando nua
Nos braços de desamor
E nos braços do amor dispo-me
Mostro meu íntimo
Dispo-me do medo de ser mulher
Dispo-me do medo do desejo
Dispo-me das vestes do pecado
Da ira de deuses
Dos véus do pudor

E mostro-me nua...

Meu íntimo é mais
Muito mais do que as vestes escondem
Mais do que mãos percorrem
Do que os olhos vêm
Sou corpo nu
Alma despida
Sou vida

 

  Postagem original: Publicado em: 20 de fevereiro de 2009 às 8:57

27 de ago. de 2011

Um Jeitinho de Menino

Ele traz o frescor da manhãs
Inunda meu corpo
Como água de cachoeira

Como gotas de orvalho
Penetra em meus poros
Quero sorver cada gota
Todas...à conta-gotas
Antes do sol despontar

Sei seu calor me aquecerá
Seus raios são chamas de paixão
São beijos cheios de desejos

Mas chegue devagar
Bem de mansinho
Deixe cada gota brilhar
Lentamente evaporar
Exalar seu perfume
Meu corpo penetrar...

E o dia se fará noite...
Leva seu sorriso
Deixa a luz do luar
Seu perfume
Seu sorriso...

Um sorriso em meu olhar

Postagem original: Publicado em: 17 de fevereiro de 2009 às 10:38

Ao Professor Marcello


Finalmente você se formou...Observo os formandos em alegria contagiante, familiares orgulhosos, discursos, juramentos, becas, canudos...Não, não é somente um ritual de comemoração, cada um ali tem sua própria História...dificuldade, dedicação, obstinação, superação... A maioria  jovenzinhos, alguns teoricamente na metade da vida e poucos mais
idosos, com aquele brilho nos olhos como a dizer em forma exemplar:
  -Nunca é tarde, eu consegui! 
A vida é assim, nem sempre as ferramentas estão disponíveis no momento adequado, muitas vezes elas aparecem nos momentos mais inesperados, na dor, na tristeza, no desconforto da falta, na saudade, na desilusão...mas a vida por si é magica e flores brotam até no deserto, sempre há possibilidade de germinar...As vidas se cruzam, entrelaçam e de alguma forma as histórias se misturam e nesta ocasião, talvez seja até pretensão minha, mas penso ter um cadinho de "culpa" nesse momento tão seu, não da forma convencional, idealizada, mas pelas decisões que tomamos nesta vida e que nos traz a possibilidade de novos
horizontes...

E, quem sabe, este momento tão seu não me sirva de inspiração...nunca é tarde mesmo sendo um pouco (ou muito) mais tarde...Tenho muito orgulho do homem forte que se tornou, do exemplo que é para nosso filho, do amigo que tenho.
Parabéns professor!

Publicado em: 23 de janeiro de 2009 às 12:34


Contentamento

O contentamento tomou conta de mim
Veio de mansinho
Com receio de ser rejeitado
Suspirou promessas em meu ouvido
Arrepiou minha pele
Fez tremer  meu corpo
Senti seu perfume no ar
Inundando meus pensamentos
Abrindo caminhos para chegar
Tive medo
Não posso negar
Este medo...menor que o desejo
Do sabor de seu beijo
Contentamento
Entre, instale-se
Inunde meus dias com seus beijos
Deixe o sorriso em meu rosto
Quero-o aqui comigo
O tempo que ficar
Não vou atá-lo
Somente permitir
E quando partir,
Se partir
Terei sido feliz.


Postagem original: Publicado em: 18 de janeiro de 2009 às 13:00

Linguagem do Amor

Mais uma vez em minhas divagações existenciais e como não podia deixar de ser, sobre o amor, sempre o tal do Amor...quisera achar as palavras para usá-las em um poesia toda rebuscada que acalentasse meu ser errante...
Amar é verbo transitivo e intransitivo...como expressá-lo então?
Posso expressar com eloquência (saudade do trema)  meu amor, mas de que adianta se ele só transita em mim, não percorre os caminhos do amor do outro? Todo complemento precisa de permissão...imperativo, nem pensar!
Poderia ainda usar a linguagem das reticências para expressar...são tão tentadoras e um coração apaixonado pode se perder em um labirinto de possibilidades...Não, reticências são muito perigosas...
Em meus devaneios...e somente neles, eu te procuro, tu me procuras, nós nos procuramos...não há ponto final. Talvez um dia nos encontraremos novamente e concordaremos que o melhor tempo verbal é o presente, onde as recordações do passado alimentam as letrinhas que expressam todo o nosso Amo
r.
Melhor é não expressar...não haveria palavras...é deixar o tempo futuro apagar
.
 










Pstagem original:  Publicado em: 6 de janeiro de 2009 às 10:50

Um carinho...

Ontem visitei minha tia, minha madrinha querida, aquela que me
ensinou tantas coisas, tantos prazeres inimagináveis para minha
realidade...
Até o nevoeiro típico de São Bernardo veio me recepcionar com seu frescor cheiroso e não precisei nem fechar os olhos para voltar ao passado tão distante...Ah, como esquecer meu primeiro livro (O Meu Pé  de Laranja
Lima), lido na varanda de sua pequena e calorosa casa; meu primeiro encontro com o eterno Principezinho de Exupéry; o cinema; minha
primeira palavra cruzada (Picolé); o inesquecível sorvete de ameixas; as primeiras dicas para preparar bolos; a cama de "armar" aberta na
cozinha, preparada com tanto carinho, onde ao amanhecer ficava ouvindo o barulho dos carros que passavam; os presentes inesperados; e a comida então, nem se fala, era (é) a melhor do mundo e o cheiro me torturava já que lá jantavam bem mais tarde que em minha casa; sua dignidade mesmo vivendo um casamento machista e autoritário...
As visitas à sua casa fizeram parte de minha infância e adolescência...Como é gostoso encontrá-la, dar um abraço bem apertado, comer uma comidinha contando as novidades, sentar no sofá e ficar
olhando as fotos antigas, revivendo tantos momentos, tantas pessoas que
passaram em nossas vidas...e que surpresas nos trazem essas caixas de
fotos do passado...
Saudade é muito bom quando as caixas estão repletas de tesouros vivenciados de verdade!!!
À ela, minha amada tia Margarida (para mim, sempre será Fiinha) meu eterno amor e gratidão.
  
Pstagem original: Publicado em: 21 de dezembro de 2008 às 19:45

SAUDADE

Por que vive assim a me espreitar?
Não chegue tão perto
Deixe...
A fantasia adormecer
O tempo desbotar as palavras
A chama do desejo resfriar
O aroma do perfume evaporar
A lembrança do colo se desfazer
O gosto do beijo se diluir
O sussurro da voz carinhosa se calar
Saudade...
Vá embora
Deixe-me sozinha
Na solidão da espera
Do sorriso de um menino...
Ah saudade
Como expulsá-la
Se só a mando embora da boca para fora...
É tão contraditório...
A saudade me consola
















Postagem original: Publicado em: 6 de dezembro de 2008 às 11:54

BITTER SWEET SYMPHONY

Por que é tão egoísta o ser humano? 
Se um momento foi lindo e inesquecível deveríamos simplesmente lembrar dele com carinho e saudade... 
Não! Somos egoístas e o sabor da saudade que deveria ser somente doce, acaba se misturando com o amargo do egoísmo que gostaria de reter este momento eternamente.  
Não! Não queremos enterrar os nossos mortos, eles nos fizeram tão felizes... 
A Saudade nos acompanha pela vida como uma Amarga e Doce Sinfonia...

Postagem original: 20 de novembro de 2008 às 8:40

Doce Fantasia

 Encabulada, fiz um verso ousado.
Suspirei-o em seu corpo nu.
Desenhei fantasia e sedução...deslizando
minhas mãos.
Aroma de tangerinas frescas, luz de velas, pétalas amarelas...




Postagem original: Publicado em: 19 de novembro de 2008 às 9:50